Meu pêndulo-paixão
vibra na intensidade
da tua pulsação.
Lembro-me sempre
daquela mesa, naquele
bar, naquele bairro.
Naquela noite, raios
fizeram-se visíveis
de dentro do carro.
Todo preto, com vidro
preto e sujo da poeira
acinzentada da cidade.
Do cigarro, o papel
branco faz nova cor,
cheiro, fumaça, resíduo.
A carcaça sendo bebida
por dentro; diluída
nas ideias requebradas.
Quantas linhas seguires,
saibas: na faixa dupla, nessa
estrada, não se ultrapassa.