tag:blogger.com,1999:blog-50739700008720689732024-02-08T12:51:54.981-08:00O cotidiano contra o cotidianoA rotina dá o seu troco.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-58006148496432623512011-02-04T06:28:00.000-08:002011-02-04T06:28:24.303-08:00Linhas.Meu pêndulo-paixão<br />
vibra na intensidade<br />
da tua pulsação.<br />
<br />
Lembro-me sempre<br />
daquela mesa, naquele<br />
bar, naquele bairro.<br />
<br />
Naquela noite, raios<br />
fizeram-se visíveis<br />
de dentro do carro.<br />
<br />
Todo preto, com vidro<br />
preto e sujo da poeira<br />
acinzentada da cidade.<br />
<br />
Do cigarro, o papel<br />
branco faz nova cor,<br />
cheiro, fumaça, resíduo.<br />
<br />
A carcaça sendo bebida<br />
por dentro; diluída<br />
nas ideias requebradas.<br />
<br />
Quantas linhas seguires,<br />
saibas: na faixa dupla, nessa<br />
estrada, não se ultrapassa.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-47713867275125715622011-01-11T06:18:00.001-08:002011-01-11T06:20:26.239-08:00Sãs almas.Fogem-me as notas como <br />
a fumaça da minha boca,<br />
da minha brasa filtrada<br />
em alvo-papel e espuma<br />
escurecida, mordida, de pouco<br />
em pouco, sob a luz refletida<br />
de mais uma qualquer eletro-fonte.<br />
<br />
O horizonte, entrelaçado de edifícios,<br />
antenas, clarões, aviões comerciais,<br />
é limitado pelo breu-censor do fuso<br />
- horário da região - mais um<br />
véu-detalhe do quarteirão já<br />
consagrado pela fama<br />
de suas noites<br />
intermináveis<br />
de som.<br />
<br />
O bom<br />
de tudo isso<br />
é que lá estamos<br />
e permaneceremos até<br />
que algum desumano-contrato<br />
nos separe, porém jamais renderemos<br />
nossas mentes ao ofício de se sujeitarem<br />
a desrespeitar o ritmo natural de cada uma<br />
de nossas jovens, inquietas e brilhantes almas.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-6395857845286742032010-12-16T06:25:00.000-08:002010-12-16T06:25:54.911-08:00Aos [contínuos] começos.<div style="text-align: right;"><i>ao Konrad.</i></div><br />
Parece tão comum<br />
a nebulosa aurora,<br />
respingada da noite, que<br />
amanheço sem aparente<br />
bom motivo; mas, lembro-me,<br />
é dia festivo, de doce levada;<br />
nova jornada regada a dizeres,<br />
sorrisos, suaves prazeres.<br />
<br />
Venho, cá, agradacer todo<br />
esse apreço, carinho p'ra<br />
lá de sincero, e espero,<br />
haja vida além da idade; que<br />
o nosso tempo seja a eternidade.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-83521651051818688082010-11-24T06:22:00.000-08:002010-11-24T06:22:28.599-08:00Grão.O grão moído que tomo,<br />
com água quente e algum pó<br />
pasteurizado, bege-branco <br />
fabricado em galpões <br />
de grandes corporações, não <br />
se parece bom, nem é, na verdade;<br />
mas, a vontade nunca passa.<br />
<br />
A moça que assa, no forno,<br />
o pão, que pouco gosto<br />
de queijo tem, se faz<br />
de feliz, num exercício<br />
de auto-controle, assim<br />
como o termômetro automático <br />
que não deixa queimar o salgado.<br />
<br />
O farelo prensado em castanhas, <br />
em barra, que engulo p'ra passar <br />
o tempo, é melado e esmagado<br />
pelo peso da mala preta<br />
que também carrega pasta, escova,<br />
guarda-chuva, caneta, caderno,<br />
revista, camisa, cigarro, perfume.<br />
<br />
A gravidade empurra o grão,<br />
a água, o pó, o pão guela abaixo;<br />
a corporação torna-me pó, suga-me <br />
água, dá-me farelo, pastas, malas, <br />
canetas, cadernos; proíbe revistas, <br />
camisas, cigarros, perfumes;<br />
transforma-me em grão.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-49542582909744940192010-11-09T06:33:00.000-08:002010-11-09T06:33:09.358-08:00Soul.Sou jogador, quando jogo;<br />
sou amante, quando amo;<br />
sou juiz, quando julgo; <br />
perco o juízo, quando bebo.<br />
<br />
Sou fugitivo, quando fujo;<br />
sou negativo, quando nego;<br />
sou subversivo, quando penso;<br />
sou alienado, quando me calo.<br />
<br />
Sou falante, quando falo;<br />
sou trabalhador, quando ralo;<br />
sou funcional, quando funciono;<br />
sou delator, quando menciono.<br />
<br />
Sou professor, quando leciono;<br />
sou cirúrgico, quando acerto;<br />
sou positivo, quando aceito;<br />
sou decisivo, quando decido.<br />
<br />
Sou libido, quando tarado;<br />
Sou bandido, quando tomado<br />
pela fome-fúria da exacerbada<br />
luxúria provocada por ti.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-3288504939373764482010-10-26T07:43:00.000-07:002010-10-26T10:43:23.101-07:00Ida.<div>Fui, foste, fomos;</div><div>Subiste, subi, subimos;</div><div>Entramos, entrei, entraste.</div><div><br />
</div><div>Suspirei, hesitaste, cortejamos;</div><div>Cumprimentaste, abracei, beijamos;</div><div>Sentamos, acomodaste, posicionei-me.</div><div><br />
</div><div>Experimentei, degustaste, devoramos;</div><div>Bebeste, me aproximei, apreciamos;</div><div>Chegou, conversamos, comemos.</div><div><br />
</div><div>Refletimos, citamos, jogamos</div><div>Palavras fora, divagamos;</div><div>Botamos fumaça p'ra fora.</div><div><br />
</div><div>É hora, que pena, saímos;</div><div>Descemos, caminhamos,</div><div>Partimos; levaste-me,</div><div>Pulei, fui.</div>Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-48026547098525390192010-10-07T19:26:00.000-07:002010-10-07T19:27:41.953-07:00Novas manhãs.<p class="p1"><span class="Apple-style-span" >Estou vencido pelo cansaço. A batalha diária, de manhãs que demoram a ficar claras, ou que já amanhecem com o sol do semi-árido, dominou meu ser.</span></p> <p class="p1"><span class="Apple-style-span" >Não sinto mais as emoções que sentia. Mas também não sinto aquelas dores, e saudades.</span></p> <p class="p1"><span class="Apple-style-span" >Qualquer sentimento que me pegue desprevenido já é lucro! Ele que me pegue de surpresa, porque não tenho tempo mais para eles.</span></p> <p class="p1"><span class="Apple-style-span" >Por dois bons anos eles me agraciaram com sua melhor faceta. Mas os outros 20 e tantos foram puro sofrimento…</span></p> <p class="p1"><span class="Apple-style-span" >E agora me vejo aqui, centrado, num movimento objetivo e decidido a fazer valer. Mas cercado de solitude por todos os lados. Aquela velha mão não me atrai mais. Estou em busca de outro tipo de conexão.</span></p>Velhohttp://www.blogger.com/profile/16125590907478205859noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-27239233232047355972010-10-05T13:08:00.000-07:002010-10-05T13:10:45.471-07:00<div align="center"><span style="color: red; font-size: large;">De tanto</span></div><div style="text-align: left;"><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">pensar<span style="color: white;">,</span></span></div><div style="text-align: right;"><br />
<span style="color: #cccccc; font-size: large;">esqueci</span></div><div style="text-align: center;"><br />
<span style="color: orange;">de trabalhar</span><span style="color: white;">.</span><br />
<br />
<br />
<br />
</div>Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-73594041723819791202010-09-21T08:24:00.000-07:002010-09-21T11:32:25.347-07:00Tinjo-finjo.Dura mais o processo<br />
que torna limpo o piso<br />
do que o tempo em que<br />
permanece intacta<br />
essa parte; então,<br />
se faz da sujeira<br />
arte, estraga-se<br />
a esterilização<br />
da matéria, lisa;<br />
gruda-se o excesso<br />
através das solas dos sapatos,<br />
faz-se o regresso de forma<br />
contínua, constrói-se rotina.<br />
<br />
O branco é um tom atraente<br />
ao dano proposital, à ação<br />
com dolo; dado que todos<br />
os humanos são manchados<br />
desde o início, toda alvidez<br />
alheia deverá ser castigada; <br />
da insensatez, se fará <br />
uma teia de falsos <br />
argumentos para que fique bem <br />
claro que o escuro é mal, <br />
que o transparente é legal,<br />
que textura é banal e que <br />
o desigual é consenso geral.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-17049569453708644342010-09-17T08:27:00.001-07:002010-09-17T08:27:44.206-07:00"Aquilo que não fazemos aflorar à consciência aparece em nossas vidas como destino."<br />
<br />
- Carl Gustav JungFelipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-34100393400726539022010-08-27T08:22:00.000-07:002010-08-31T13:11:45.845-07:00Medo.Não é de hoje que enveredo<br />
p'ro lado do medo do trivial;<br />
é atemporal, em minha existência,<br />
a simpatia pela fuga esportiva;<br />
nativa decadência, carência<br />
de intrínseca fibra, falência<br />
dos fundos de galhardas vibrações.<br />
<br />
Tardias, propositais, narrativas<br />
ineficientes desde o meio; constantes<br />
sensações de ser alheio ao próprio<br />
livre arbítrio; insuficientes<br />
explicações a mim e ti; não vivi<br />
e não quero, porque nunca escolhi<br />
ser o melhor, nem o primeiro.<br />
<br />
Rápido e rasteiro é o movimento;<br />
medida que não confere qualquer menor<br />
descontentamento geral por parte<br />
de quem espera muito mais daquele<br />
ou daquilo; e o que está a consumi-lo<br />
também aniquila minha auto-estima,<br />
faz rima com a derrota, fabrica anedota.<br />
<br />
Tanta energia acumulada, de papel passado,<br />
caminho traçado, é alimento às traças<br />
da força motriz da reinvenção pessoal;<br />
nada é mais moral do que parecer<br />
normal, mas não há banalidade mais clara<br />
do que a não rara infeliz idéia<br />
de não se atirar até bem cedo no novo.<br />
<br />
Não desaprovo o culto à reputação;<br />
os ocultos prazeres são encobertos<br />
por dizeres passíveis de múltipla<br />
interpretação; algumas inadmissíveis,<br />
outras com velado perdão; e o êxtase<br />
por perder o chão confirma a tese:<br />
só envelhece quem torna o seu tempo vão.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-64837694653675758012010-08-17T08:35:00.000-07:002010-08-17T08:35:36.423-07:00Vetores.Em meio a linhas mesquinhas, vetores<br />
menores, pavores normais aos comuns,<br />
alguns minutos tornam-se uma vida desperdiçada<br />
à margem da tela, enquanto a cera da vela<br />
da alma é dilacerada pelo fogo soldando as idéias.<br />
<br />
A sobra de toda esse processo faz o serviço;<br />
esse enguiço na cabeça tem razão, poesia,<br />
música, emoção e tradição vagabunda; miúdos<br />
valores jogados pela janela; censurados, <br />
controlados ruídos; um pós-moderno retrocesso.<br />
<br />
O progresso pessoal é suado, carente de brilho<br />
intelectual; de ponto em ponto, bar em bar,<br />
as semanas perdem-se junto aos sinais, banais<br />
cabelos nos travesseiros, seguros apoios <br />
para duros tempos de reflexiva solidão.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-64993783006851741042010-07-29T18:40:00.000-07:002010-07-29T18:53:16.306-07:00Treze vezes três<div style="text-align: right;">fumamos, bebemos, transamos</div><div style="text-align: right;">rimos, choramos e superamos</div><div style="text-align: right;">bebemos, rimos e dormimos</div><div style="text-align: right;">choramos, confiamos e vencemos</div><div style="text-align: right;">confiamos, esquecemos e seguimos</div><div style="text-align: right;">chegamos, fumamos e esquecemos</div><div style="text-align: right;">acordamos, comemos e rimos</div><div style="text-align: right;">comemos, jogamos e bebemos</div><div style="text-align: right;">ligamos, tentamos e perdemos</div><div style="text-align: right;">vivemos, vencemos e continuamos</div><div style="text-align: right;">lutamos, cansamos e trabalhamos</div><div style="text-align: right;">mudamos, combinamos e pagamos</div><div style="text-align: right;">transamos, dormimos e acordamos</div>Velhohttp://www.blogger.com/profile/16125590907478205859noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-90267313117249774772010-07-21T08:25:00.000-07:002010-07-21T08:25:36.699-07:00Busca insólita.Não sei se te busco<br />
ou se deixo tudo<br />
como está; arriscar<br />
fundo, cair no mundo<br />
é loucura, e se me frustro,<br />
toda a ternura que me resta<br />
entrará em extinção.<br />
<br />
Será vão este brado<br />
de falso amor; insana,<br />
incerta paixão, mundana<br />
sensação de velhos tempos;<br />
urgente prioridade sem razão<br />
de ser; apostar p'ra perder,<br />
escrever p'ra não ter que ler.<br />
<br />
Se, hoje, pareço forte,<br />
é porque tive muita sorte<br />
no percurso; perdi o norte,<br />
por vezes, e lancei mão <br />
de todo o recurso remanescente<br />
dos dias de calmaria, de crescente <br />
sensibilidade, afetividade, serenidade.<br />
<br />
Cansa demais ter que amar todo dia;<br />
empenhar carinho pelo que se faz<br />
demanda atenção, aguçada <br />
percepção; o doce sabor da decisão<br />
acertada tem alto valor e curta<br />
duração; não decidi se abuso<br />
da chance de perder o bonde.<br />
<br />
Quero correr e não sei<br />
p'ra onde; espero te ver,<br />
e não te incomodes se me sentires<br />
longe de ti, mesmo que a um palmo<br />
de distância; a inconstância nunca<br />
deixou de ser minha marca registrada,<br />
e nessa estrada não existe sinalização.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-81615209674293324132010-07-05T14:15:00.000-07:002010-07-05T14:15:55.626-07:00Pânico.Estou espremido entre a luz <br />
e a escuridão comum aos pobres<br />
de espírito; auto-oprimido, <br />
sou apenas mais um perdido <br />
no visível mundo dos demais.<br />
<br />
Sei que sou capaz de tudo;<br />
o aprazível não é o bastante<br />
quando o caminho restante <br />
a ser percorrido é prejudicado<br />
por um roteiro mal-traçado.<br />
<br />
Maltrapilho da lógica, nu<br />
de coerência tola, livro-me<br />
de qualquer racionalidade<br />
quando a verdade crua<br />
é a incessante palpitação.<br />
<br />
Nenhuma educação me ensinou,<br />
tampouco qualquer tipo de lição<br />
arcaica vai me fazer superar<br />
todo esse vazio <span class="goog-spellcheck-word">verbetes</span>,<br />
<span class="goog-spellcheck-word">lembretes</span> da minha <span class="goog-spellcheck-word">inoperância</span>.<br />
<br />
Em meu peito, dói a insegurança<br />
de parecer desesperado por um fio<br />
de conforto moral; suado de medo,<br />
ofegante, tonto, aterrorizado<br />
pelo enorme pânico em minha mente.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-76838092490115547532010-06-23T08:37:00.001-07:002010-06-23T08:39:30.868-07:00<div style="line-height: 110%;"><span style="font-family: verdana,arial,helvética; font-size: small;"> <span style="font-weight: 700; text-transform: uppercase;"> Der Panther</span><br />
(Rainer Maria Rilke)</span></div><div style="line-height: 110%;"></div><div style="line-height: 110%;"><br />
<span style="font-family: verdana,arial,helvética; font-size: small;">Im Jardin des Plantes, Paris</span></div><div style="line-height: 110%;"><span lang="EN-US" style="font-family: verdana,arial,helvética; font-size: small;"> Sein Blick ist vom Vorübergehn der Stäbe<br />
so müd geworden,dass er nichts mehr hält.<br />
Ihm ist, als ob es tausend Stäbe gäbe<br />
und hinter tausend Stäben keine Welt.<br />
<br />
Der weiche Gang geschmeidig starker Schritte,<br />
der sich im allerkleinsten Kreise dreht,<br />
ist wie ein Tanz von Kraft um eine Mitte,<br />
in der betäubt ein grosser Wille steht.<br />
<br />
Nur manchmal schiebt der Vorhang der Pupille<br />
sich lautlos auf -. Dann geht ein Bild hinein,<br />
geht durch der Glieder angespannte Stille -<br />
und hört im Herzen auf zu sein.</span></div>Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-41634235193558115562010-06-13T08:35:00.000-07:002010-06-13T09:12:57.248-07:00Culto/cultura.<div style="text-align: center;">Deus que me perdoe, mas esse <span class="goog-spellcheck-word" goog-spell-original="deseperado">desesperado</span></div><div style="text-align: center;">culto, inesperado truque, </div><div style="text-align: center;">muito pouca fé reserva</div><div style="text-align: center;">e quase nenhum amor preserva.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Não sou da contracultura,</div><div style="text-align: center;">mas também não sou contra</div><div style="text-align: center;">a sabedoria do que vale a pena,</div><div style="text-align: center;">do que abre a mente</div><div style="text-align: center;">para o que dia-a-dia sentes.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Não caias da cadeira,</div><div style="text-align: center;">apenas entendas a maneira</div><div style="text-align: center;">com que coloco a palavra</div><div style="text-align: center;">e não mudo o foco</div><div style="text-align: center;">do que desejo expor.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Não quero provocar furor;</div><div style="text-align: center;">apenas gostaria de firmar</div><div style="text-align: center;">que só consigo acreditar,</div><div style="text-align: center;">mesmo que a duras penas,</div><div style="text-align: center;">que somente a (pagã) cultura</div><div style="text-align: center;">pode transformar.</div>Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-21923178515765451672010-06-09T17:35:00.001-07:002010-06-09T17:35:34.542-07:00Ao amigo.<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Segoe UI', Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; color: rgb(68, 68, 68); ">Grito, pois quero<br />ser ouvido por todos<br />no quarteirão em que moro;<br />quero entrar na tua mente,<br />fazer-te esquecer a canção<br />que dizia que não deves<br />exprimir o que sentes.<br /><br />Só espero conseguir<br />ser verdadeiro contigo<br />o tempo todo; como amigo,<br />é meu dever; dedicar-me<br />é um imenso prazer<br />e só o que penso é lutar<br />para prevalecer o que é.<br /><br />Se a maré não está boa,<br />naveguemos juntos<br />rumo ao porto, seguro<br />como sempre; é duro<br />o caminho à tranquilidade<br />de dias menos frios<br />e mais fraternos.<br /><br />Se te escrevo<br />é pra manter intacto<br />nosso pacto eterno<br />de correspondência<br />e, por isso, conto<br />com a sua persistência<br />em fazer valer esse nó.</span>Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5073970000872068973.post-18464030737090890722010-06-09T11:59:00.000-07:002010-06-09T12:03:46.611-07:00O objeto<span class="Apple-style-span" style="font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; color: rgb(68, 68, 68); "><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">Meu caro amigo, se não faço poemas</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">é menos por falta de vontade e mais de habilidade</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">me falta a maestria de buscar palavras</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">desde as mais simples às mais rebuscadas</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">que nunca me vêm à mente</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">quanto menos à ponta de meu lápis</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">se não publico escritos</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">é por falta do objeto</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">reforço que sempre carregarei comigo</p><p class="ecxecxMsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; ">o remorso de não escrever contigo</p></span>Velhohttp://www.blogger.com/profile/16125590907478205859noreply@blogger.com1