terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vetores.

Em meio a linhas mesquinhas, vetores
menores, pavores normais aos comuns,
alguns minutos tornam-se uma vida desperdiçada
à margem da tela, enquanto a cera da vela
da alma é dilacerada pelo fogo soldando as idéias.

A sobra de toda esse processo faz o serviço;
esse enguiço na cabeça tem razão, poesia,
música, emoção e tradição vagabunda; miúdos
valores jogados pela janela; censurados,
controlados ruídos; um pós-moderno retrocesso.

O progresso pessoal é suado, carente de brilho
intelectual; de ponto em ponto, bar em bar,
as semanas perdem-se junto aos sinais, banais
cabelos nos travesseiros, seguros apoios
para duros tempos de reflexiva solidão.

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